segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Have you met...?




Conhecem os My Morning Jacket? Não é que sejam a banda mais desconhecida do Mundo, mas ainda assim o ponto de interrogação na frase não está, de todo, mal utilizado.
A resposta mais fácil de apresentar era começar por dizer que são cinco tipos e blá, blá, blá... mas a isso já lá vamos. Para já começo por dizer que são a minha banda preferida actualmente, o que até se pode quase considerar como, de sempre.


Isto de se ter uma banda na qual se ponha o título the one, faz com que se trate essa mesma banda com parâmetros diferentes das demais. Normalmente são aquela que quando fazem algum trabalho que mesmo não nos satisfazendo plenamente, não conseguimos dizer que é realmente fraco. São aquela, que nem mesmo o facto de não vermos ao vivo (pelo menos com frequência) nos faz deixar de ter esperança que isso aconteça. Aquela de que mais nos orgulhamos de ter todos os álbuns...
Mas também são aquela que quando nos desiludem, é mais difícil de perdoar .


Antes de ir mesmo à banda em questão, ainda gostava de dizer, porque é que é mesmo a minha banda favorita. Ora responder a isto não é ainda assim tão fácil quanto isso, basicamente é porque são aquela que vendo tudo ao pormenor, mais têm a ver comigo, ou pelo menos é isso que acho. E se nem Stan Smith lhes resistiu, como é que um comum mortal como eu o poderia fazer?



Conhecidos pelo volume capilar, embora cada vez menos, dos seus integrantes, a banda é natural de Lousville, Kentucky, e essas raízes estão bem presentes no seu som, sobretudo nos primeiros álbuns.
Mas a minha história com a banda começou apenas ao terceiro álbum, It Stil Moves, de 2003. Se até aí, o som estava sobretudo assente em paisagens rurais, no country e rock alternativo, a partir daqui muito mudou. Mudaram para a ATO Records, decidiram aumentar o volume das guitarras, para deixarem de ser apenas mais uma banda, e tornarem-se bastante aclamados pela crìtica nesse ano.
A tour de promoção ao álbum já não contou porém com os membros que o fizeram originalmente, Carl Broemel e Bo Koster entraram para substituir, respectivamente, guitarra e teclas. E foi a partir daqui que ficou constituído o alinhamento da banda até aos dias de hoje.


Falar de My Morning Jacket é falar também do seu membro fundador e o mais proeminente dos cinco: Jim James. Apesar de ser o membro com mais visibilidade, a verdade é que está longe de ser considerado um dos músicos mais populares da actualidade. Isto acaba por ser irónico, já que históricamente o mundo da música, mais propriamente o rock, é rico em lendas a quem este senhor não fica a dever grande coisa. É um vocalista excelente, mas raramente é vislumbrado em qualquer tipo de lista, o mesmo acontece nas guitarras; se bem que aí teve pelo menos o mérito de aparecer, (tal como o Carl Broemel) numa lista elaborada pela Rolling Stone, intitulada 20 New Guitar Gods.
Não é que estas listas sejam um indicador universal de talento, já que quem as são pessoas como nós, com ouvidos como nós... Mas as pessoas gostam de listas.


Vieram até à data uma vez a Portugal (acho eu!), fizeram a 1ª parte dos concertos dos Peal Jam no ido ano de 2006. No ano anterior, lançaram o álbum Z. Um álbum com alguns pontos comuns com o anterior, mas ainda assim é um álbum que mostra mais uma vez a mutação da banda com o tempo, mais psicadelismo; progressivismo até.. É o 1º disco da banda com os dois novos membros por isso não é de estranhar isso acontecer. Apesar da banda ser bastante apreciada pelas letras das canções, neste disco a parte musical destaca-se muito mais. Lá está a mudança.



Em 2008 regressaram aos álbuns com Evil Urges. Disco que levou muitas revistas/sites do meio musical a perguntarem-se: Onde estão as guitarras?
Pois, as guitarras estavam lá ("I´m Amazed" é provavelmente onde mais se fazem ouvir), só não estavam era na quantidade normal da banda. Este afastar, digamos assim, das guitarras do som da banda se ao ínicio nos pode parecer difícl de aceitar, a verdade é que tudo isso acaba por ser irrelevante após se prestar realmente atenção ao dito álbum.
Não é o melhor trabalho que já fizeram mas está longe de ser mau. Pegando na Bíblia, o disco pode não ser uma ressurreição. Mas é uma multiplicação dos pães, ou um andar sobre a água, que também são muito fixes!

Sem comentários:

Enviar um comentário